Ao ler livros de ex-gagos, sugiro que se interprete como o caminho que o autor seguiu. Isto é, seria preciso adaptar os exercícios do autor para o caso do leitor. P.ex., muita gente desiste de ler Terapia Global da Gagueira quando o autor ensina como relaxar certa parte do corpo. Parece ridículo e é mesmo. Mas um colega já me disse que tem a mesma manifestação corporal. Acontece que cada gago deve ter manifestações corporais diferentes e suponho que todas sejam decorrentes do bloqueio de cordas vocais. Fazemos errado. Ao invés de tentar relaxar a garganta, nós gagos fazemos movimentos corporais na tentativa de fazer a fala sair. Estamos condicionados a isso desde crianças.
Seria preciso analisar quais manifestações corporais o gago tem. E tentar encontrar seu próprio caminho, que necessariamente será diferente de todos porque seu histórico social é necessariamente diferente.
Mas suponho que em todos os livros tenha o seguinte: exponha-se paulatinamente a situações de medo e aceite sua forma de falar, i.e pare de tentar esconder que é gago, pare de ter vergonha disso.
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2 comentários:
Sanderson, sua visão da gagueira está repleta de clichês: vergonha, medo, bloqueio de cordas vocais, timidez, inibição, autocobrança, imagem de mau-falante. Esse modo de entender o distúrbio precisa passar por uma ampla revisão, pois tem muita coisa ultrapassada aí, além de muito preconceito. Você precisa diferenciar melhor causas e consequências.
Oi Lorena, obrigado por teus comentários. Talvez sejam clichês sim. Há pessoas com muito mais experiência. É que estou descobrindo isso só agora, apesar de velho. Bom poder ter contato contigo.
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