14/nov: Ontem, 3a, 13, um pensamento salvou minha estatística. Caminhando para encontrar meus colegas gagos, pensei na conversa que teria com duas pessoas fluentes. Era um dos meus exercícios. Como o assunto poderia ter conflito, literalmente pensei: “Preciso ser fluente, preciso controlar a fala para não gaguejar e mostrar que sou seguro”. Isso arruinaria meu dia. Mas eu felizmente estava atento. Imediatamente pensei: “Não. Eu devo mesmo é gaguejar. Não devo pressionar-me para falar. Devo gaguejar. A fala gaguejada não determina se sou seguro ou não”. Suponho que este pensamento tenha salvado meu dia.
Quase não gaguejei. Senti confiança na fala. Gaguejei sim. Mas logo pensei: “dane-se... não irei sofrer por causa disso” e fui em frente. Gaguejei bastante propositalmente e brinquei com minha fala. Fui até petulante com uma pessoa fluente que se supõe entender da gagueira. Eu disse fluentemente que não sou especialista em gagueira. Mas estou estudando para tornar-me especialista na minha gagueira.
Ao final do encontro, eu estava sentindo-me muito bem. Com o maravilhoso sentimento de dever cumprido: fui, gaguejei e não sofri. Cinco dias sem recaídas psicológicas.
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