sexta-feira, 16 de novembro de 2007

Eufórico no dia seguinte após supor que entendi o que é a minha gagueira

30/out: Cada um é o possível em cada fase. Há vários estágios. Estou montando meu quebra-cabeça, que o montarei permanentemente. Acredito que há pessoas que disfluem muito, mas não são gagas. Há pessoas que disfluem pouco e são gagas. Porque a gagueira é a auto-imagem de mau falante. Hoje, para mim é verdade a diferenciação de três coisas na gagueira:
- Auto-imagem de mau falante = gagueira;
- As manifestações da tentativa de controlar a fala: repetições, bloqueios, prolongamentos e movimentos corporais inadequados; e
- Os sintomas: várias formas de sofrimento.
Tento agora libertar-me do sofrimento. Quero gaguejar muito. Preciso disso. Para cada dia provar-me que sou gago e não preciso sofrer. Mas preciso que conquistas estejam conscientes no caminho. Cansei de tentar ser o melhor em tudo: isso era negação por compensação.

O primeiro exercício que fiz: passei a falar sobre gagueira com todos. Percebi que adoro falar sobre gagueira e as pessoas adoram saber. Tenho retirado vários falsos conceitos, segundo acredito, dentro das minhas possibilidades intelectuais;

Segundo exercício: tenho incluído propositalmente gagueira. Foi uma luta interna fazer isso. Como aceitar-me como gago se a minha vida inteira o que mais fiz foi tentar esconder a gagueira, que é o que me traz tantos sentimentos negativos?! Como revelar a minha maior vergonha?!E sabe o que aconteceu no exercício? A gagueira não apareceu, até nos sons com crenças tão enraizadas. Que conclusão tive? Que a gagueira deve ser tratada por dentro.

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